Carta Aberta à Comissão Europeia
O JRS Portugal e a PAR, subscreveram, no dia 25 de março, uma Carta Aberta assinada por outras 121 Organizações Internacionais, pedindo à Comissão Europeia que atuasse junto do Governo grego para garantir que os mais vulneráveis não seriam esquecidos nesta pandemia, manifestando a sua preocupação perante a iminência de uma tragédia humanitária causada pelas condições sanitárias nos campos das ilhas gregas, sem acesso a água potável e mantimentos em quantidade suficiente, ou a cuidados de saúde e medidas de prevenção e contenção da propagação da COVID-19 entre os requerentes que aguardam uma decisão do seu pedido de proteção internacional.
A Comissão, em resposta à Carta, afirmou que a prioridade é assegurar a evacuação imediata de pessoas de grupos de alto risco que estão nas ilhas gregas para locais específicos fora dos campos, incluindo hotéis nas ilhas ou no continente, para apartamentos ou outras instalações disponíveis, bem como garantir a distribuição de mantimentos, equipamento médico e os recursos que sejam necessários para a quarentena e tratamento do vírus.
Congratulamos, assim, a efetiva transferência do campo do Lesbos para o continente de um grupo de 400 pessoas consideradas de grupo de alto risco e que ontem de manhã chegaram a Atenas, à semelhança de outras 600 que foram transferidas a 20 de março, provando que no combate à atual pandemia a UE não se esquece dos que procuram proteção no seu território.
A solidariedade europeia é hoje mais importante que nunca, pelo que encaramos com alívio que seja intenção manifestada pela Comissão Europeia, na mesma carta, de, paralelamente a estas transferências a decorrer agora em articulação com o governo grego, recolocar noutros Estados-Membros da UE até 1600 menores não acompanhados, crianças vulneráveis e em risco perante a pandemia e as respetivas famílias.
Já não é uma questão de dignidade, é uma questão de vida ou de morte
Leia aqui a resposta da Comissão Europeia.
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