Comunicado JRS Europa

 O JRS congratula-se com o poder dos cidadãos europeus em rejeitar uma versão nacionalista, virada para dentro e anti-migrantes da Europa.

A abstenção desceu pela primeira vez, em 40 anos, em 21 dos 28 Estados-membros, permitindo enviar um sinal forte de que a Europa é casa para pessoas de todas as nacionalidades e protege os valores da hospitalidade, solidariedade e respeito pelos direitos humanos.

Contrariando o discurso anti-migração, provou-se que há espaço para apoiar os migrantes e refugiados nas nossas sociedades por toda a Europa.

No entanto, o JRS lembra que, independentemente de a extrema-direita ter tido um desempenho inferior ao do entusiasmo pré-eleitoral, as ideias que irão trazer a este novo Parlamento Europeu podem reformular o panorama político da Europa para os próximos anos.

Isto pode colocar em risco a capacidade da Europa em defender eficazmente não só os seus cidadãos, mas também os refugiados e requerentes de asilo. As negociações para a reforma do Sistema Europeu Comum de Asilo continuam no próximo mandato, pelo que vozes eurocéticas vão continuar a ter impacto na adoção de políticas de asilo assentes na solidariedade a nível da UE e dos Estados-membros.

Por isso, apelamos a todos os partidos pró-europeus que irão compor o novo Parlamento que trabalhem coletivamente entre si e construam alianças fortes para a causa de uma Europa inclusiva. Este é o caminho para contrariar políticas xenófobas que procurarão destruir a capacidade que a Europa tem em proteger e incluir todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis.

Para ter sucesso, também precisamos de uma abordagem mais diferenciada por parte de partidos pró-europeus, de outros stakeholders ​​relevantes e da própria sociedade civil.

É preciso, em particular, ouvir as organizações da sociedade civil e partilhar as suas experiências e boas práticas, nos momentos em que a UE decide o enquadramento e políticas para refugiados e migrantes.

O JRS continuará a trabalhar por uma Europa que acolhe, protege e garante a dignidade de todos. Usámos o poder do nosso voto e funcionou. Agora devemos garantir que será bem utilizado.

A nossa prioridade continuará a ser a de acompanhar, servir e defender os refugiados, requerentes de asilo e migrantes em situação vulnerável.

Obrigado!

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