1. O que se recorda da sua infância? 

A minha mãe teve 11 anos, mas as crianças morreriam e por esse motivo meu tio me levou para morar com ele quando eu tinha 1 ano e 3 meses. Fui criada longe da minha mãe verdadeira. Eu tive uma pessoa muito presente e ela foi minha mãe do coração. 

2. Quem é o seu herói? 

O meu filho Abdulai de 12 anos, pois ele já mostra atitudes maduras de um homem. 

3. Qual foi a sua maior alegria? 

O nascimento da minha filha Isabel que hoje tem 17 anos.

4. Quando sentiu mais medo? 

Quando vim para Portugal sozinha e tive que deixar meus filhos para trás.

5. O que há em Portugal que o/a faz lembrar de casa? 

Até o momento não tem nada que me faça lembrar a minha casa, mas quando estou com em casa e cozinho comidas do meu país isso me faz lembrar a minha casa

6. Depois de ter chegado a Portugal, qual a mudança mais significativa na sua vida? 

Não me lembro de uma mudança siginificativa, mas um momento marcante foi quando fiquei doente com dores muito fortes e tive que fazer um tratamento que durou 4 meses. Antes de ser diagnosticada foi um momento de muita angustia pela espera das consultas e do diagnóstico.

7. Onde se vê em maio de 2020? E o que precisa de fazer para chegar lá? 

Eu me vejo aqui em Portugal junto com meus filhos. Eu preciso terminar o curso de cuidadora de idosos, conseguir um emprego com contrato de trabalho e juntar dinheiro. Tenho muita vontade que isso se concretize em maio de 2020 porque é meu aniversário de 35 anos.

8. Qual foi o momento mais marcante da sua vida? 

Foi a adoção da minha terceira filha. Eu tinha uma amiga muito próxima e ela estava muito doente e antes de falecer me pediu para que cuidasse da filha dela. Ela tinha família, pai, mãe e irmãos, mas pediu para eu cuidar dela, então eu a adotei quando ela tinha 1 ano e 6 meses e hoje ela tem 11 anos. Esse foi o momento mais marcante na minha vida com certeza.